“Vai ter de fugir para lhe dar vida, vai-se tornar refugiada, vai-se tornar imigrante.
Mas hoje há gente, que acha que isso é um mal, que outros venham procurar vida, como foram tantos nossos para tantos lados. Acham que isso é um mal.
Isso é negar a maternidade de Maria.”
E seria perfeito ter uma câmera apontada a cada rosto daqueles milhares de pessoas, para percebermos aquela cara de contemplação, do cristão que sabe perfeitamente o que está ali a adorar, do cristão que vai à missa mas abre uma exceção para odiar ciganos, e do “verdadeiro” cristão que vota no chega (estou certo que representava uma parte considerável da plateia) e que faz as suas rezas, e depois dissemina o ódio como o líder da seita os ensinou.
Todos nós, cidadãos minimamente atentos e informados sabemos, que pedir a alguém do chega para ser coerente é como pedir ao Ventura para não mentir. Sabemos que é impossível.
Mas assistir a isto, a esta lição de moral a todos os cristãos que apoiam o personagem, é bom demais.
Em cada vela acendida, em cada rosto de esperança que aquele é o local da remissão dos pecados, um murro no estômago, uma demonstração que o dinheiro não faz bondade, que a devoção não os faz santos, que a ignorância e o ódio não os faz bondosos.
Que momento lindo. Um bispo a dizer o óbvio, milhares de votantes do chega a pensar sobre a vida.
Alguns casos perdidos nem sequer perceberam a indireta, outros a pensar na sua própria fé, e outros ainda com esperança, depois de umas minis no tasco, “quando é que o Ventura começa a discursar?”
E no fundo no fundo… sobra a ignorância profunda, daqueles que acham que quem contraria os pensamentos de Cristo, vai aplicá-los se tiver poder.
Deus os ajude, que a inteligência não fez o mesmo.

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