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segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Mas quem consegue ainda ouvir a Mariana Mortágua?

Começo por dizer que não sei se é de boa política baixar os impostos para as grandes empresas, independentemente do que investem, no que investem, de quem contratam ou dos salários dos seus funcionários.  Possivelmente para o país que temos não é.  Digo também que as grandes empresas devem, como todas, estar sempre debaixo de olho, não vão cometer abusos de posição dominante. Mas aumentar-lhes os impostos a doer, por castigo, devido ao seu peso económico, como gostaria uma certa esquerda que vive no Ocidente, como comunistas, bloquistas, LFI (ver as suas propostas em França) e quejandos, não é de todo um bom princípio e só revela saudosismo de economias estatais de má memória, desejo de caça aos ricos e amor por regimes autocráticos.

“As grandes empresas” são, para a Mariana, o exemplo máximo do que não deve existir. Mariana, se pudesse, acabava com as grandes empresas. Mariana tem raiva das grandes empresas. Mariana nunca terá uma grande empresa (nem pequena) nem privará com ninguém que tenha. Para Mariana, todos devíamos ser funcionários do Estado, o único gestor admissível. Para Mariana, os Estados Unidos deviam ter vergonha da Google, da Amazon, da Microsoft, da Oracle, da Walmart, causas de todos os males do mundo, e acabar com elas. A Gazprom talvez fosse uma empresa aceitável para a Mariana, mas nunca a BP, a Airbus, a Engie, a EDF ou a Renault. A Alibaba, a JingDong ou a Tencent podem estar prósperas e felizes na vida, para a Mariana, mas nunca a Sonae, a Mota-Engil ou o Grupo Melo, como se sabe empresas enormes e imortantíssimas quando comparadas com as anteriores.

Ao invés de querer que os portugueses tenham iniciativa empresarial e vontade e sabedoria para ganharem dimensão e dinheiro com isso, dentro da legalidade, claro, a Mariana quer que ninguém faça nada e que não tenha ambição nenhuma de grandeza, porque isso é “pecado” no código comunista e bloquista. Da próxima vez que ouvirem a Mariana referir as “grandes empresas” reparem no tom persecutório com que o faz. E fala-vos quem a ouve de passagem e não mais de dois minutos de tempos a tempos (hoje calhou). Como é que alguém consegue mais do que isso é a pergunta que aqui deixo.

 por Penélope

Do blogue Aspirina B

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