É uma operação de marquetingue político, que pretende fazer as opiniões públicas dos estados fornecedores acreditar da utilidade das suas comparticipações, convencendo-as de que contribuem para alterar a situação militar a favor da Ucrânia. Na realidade, as armas fornecidas por países da NATO já estão a ser empregues em território russo e sobre alvos russos: a destruição do gasoduto NordStream II, o ataque da navios russos no mar negro, o ataque a bases russas e a refinarias foram realizadas com armas de países da NATO e com pessoal militar destes. Nada de novo. Esta encenação pretende justificar ações que se destinam a proporcionar uma imagem mais favorável à Ucrània para ser apresentada na conferência prevista para a Suiça. Constitui, no entanto, uma jogada arriscada: a Rússia pode ser tentada a uma jogada de força e eleger Karkiv como objetivo principal, estragando a festa da Suíça e obrigando o "Ocidente Alargado" a intervir diretamente...
As afirmações da NATO e dos políticos guerreiros, que se contradizem, de que, por um lado, é necessário rearmar a Europa porque os russos a vão invadir, e por outro a de que é com o material que é fornecido à Ucrània que se impede a tomada de uma cidade como Karkiv, a curta distância das bases logísticas da Rússia, por umas forças armadas com o potencial desta não revelam nem discernimento dos políticos, nem respeito pelos cidadãos. Mas são estas políticas e estas trafulhices que estão a votos nas próximas eleições. Gente desta devia fazer como o Paulo Rangel, não se meter em altas cavalarias e beber uns copos em Bruxelas. O Zelenski que trate do assunto com o Biden. O chefe da NATO é um cabo quarteleiro. Nada do que ´nos estão estão a dizer corresponde a qualquer realidade. Estamos num teatro de enganos., com bufões e arlequins, mas caríssimo.
Carlos Matos Gomes
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