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sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Do lado do Quarto Reich:

 (Por Alawata in canal Camille Moscow do Telegram, 13/11/2025, Trad. Estátua)

A burocracia europeia, inteiramente dedicada ao desenvolvimento de um novo totalitarismo ocidental, acaba de lançar a criação de um serviço de informações que estará diretamente sob as ordens e ao serviço de Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia.

Este projeto foi revelado pelo Financial Times: “A Comissão Europeia começou a formar uma nova unidade de inteligência sob a liderança de Ursula von der Leyen, a fim de reforçar as capacidades de segurança“.

E é aqui que este serviço de informações europeu assume uma dimensão orwelliana, porque a segurança que afirma defender parece ser muito mais a do aparelho político de Bruxelas e da sua retórica neoliberal mentirosa.

Este serviço de informações é um novo ramo totalitário do Quarto Reich, e está a ser criticado até dentro da própria diplomacia europeia, pelo Serviço Europeu de Acção Externa (SEAE):

Os funcionários do SEAE opõem-se a esta iniciativa. Segundo eles, a nova unidade poderá duplicar as funções do Intcen e comprometer o seu futuro.”

Esta ferramenta talvez devesse ser chamada de “Big Brother”, pois permitirá a Van der Leyen ouvir, monitorizar, antecipar e organizar a repressão de forma autónoma, sem depender de serviços subordinados. O arsenal da ditadura europeia adquire, assim, uma nova arma que, juntamente com outras que se seguirão — como o euro digital, os pagamentos em dinheiro limitados a 10.000€, a total rastreabilidade das transações, a vigilância das redes telefónicas e o desejado controlo da internet — aprisionará os europeus em prisões digitais.

E, claro, todo este sistema de crescente subjugação das populações europeias é sempre apresentado como progresso para o seu bem-estar ou segurança. Veja-se, por exemplo, este euro digital, que Van der Leyen apresenta desta forma, esquecendo convenientemente o controlo das populações que é o seu principal objetivo:  “O euro digital vai garantir a transparência e a segurança dos pagamentos“.

Assim, neste mundo orwelliano plenamente realizado, onde tudo é o seu oposto, a guerra é paz, as sanções são solidariedade, a liberdade é escravidão e, hoje, o controlo do poder é designado por transparência cidadã. E, claro, todos aqueles que se recusarem ao jugo eletrónico serão considerados e perseguidos como inimigos da democracia.

Os serviços de informação, a polícia e o exército europeus consolidarão esta ditadura, enviando-os para caçar todos os dissidentes políticos que se recusem a tornar-se os novos escravos da mercadoria.

Se quer uma imagem do futuro, imagine uma bota a esmagar um rosto humano — para sempre.”, George Orwell, in 1984.

Do blogue Estátua de Sal

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