Alguns já lhe chamam golpe de Estado, outros confirmam a judicialização da política e a consequente entrada dos juizes na luta política.Tendo presente que outras formações políticas e líderes já passaram pelo mesmo processo e foram discretamente admoestados, nomeadamente o actual primeiro-ministro francês, presume-se, aliás com toda a pertinência, que o double standard vigora em harmonia com a velha sentença de Maquiavel: «para os amigos, os favores, para os inimigos, a lei». Depois do golpe de Estado na Roménia, afinal um ensaio para outras experiências liberticidas, presume-se que a Europa liberal, entusiasmada com a possibilidade de reprimir, silenciar e proibir, se orienta velozmente para fórmulas ditatorais que em breve se aplicarão sem inibições na Alemanha, na Áustria, em Espanha e Portugal. Uns folgarão por ora, pretendendo que proibir uma candidata que atinge 38% nas sondagens é uma iniciativa perfeitamente aceitável, se bem que tal prática depressa será aplicada a toda e qualquer força política que não caiba no redil daqueles que durante décadas puseram e dispuseram do poder. Cai por terra a vitrina luminosa destes regimes que se ufanavam de poder dar lições ao mundo, pelo que neste ínvio processo, as «democracias liberais» estejam, talvez involuntariamente, a cavar a sua sepultura. Se há país onde o poder deve ponderar seriamente antes de se aventurar nestas águas, esse é obviamente França. Que o digam Carlos X e Luís Filipe de Orleães.
Umas de maior importância que outras. Outrora assim acontecia. É por isso que gosto de as relatar para os mais novos saberem o que fizeram os seus antepassados. Conseguiram fazer de uma coutada, uma aldeia, depois uma vila e, hoje uma cidade, que em tempos primórdios se chamou Fredemundus. «(Frieden, Paz) (Munde, Protecção).» Mais tarde Freamunde. "Acarinhem-na. Ela vem dos pedregulhos e das lutas tribais, cansada do percurso e dos homens. Ela vem do tempo para vencer o Tempo."
Rádio Freamunde
https://radiofreamunde.pt/
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