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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Rússia impõe condições para a “paz duradoura” na Ucrânia ou “consequências ainda mais graves”: saiba quais:

O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Riabkov, indicou que um cessar-fogo na Ucrânia sem uma solução de longo prazo pode ter sérias consequências. Em declarações à agência russa ‘Ria-Novosti’, esta segunda-feira – terceiro aniversário da invasão da Ucrânia -, o responsável russo salientou que “é possível constatar o desejo da parte americano de avançar para um rápido cessar-fogo. No entanto, sem uma solução a longo prazo é um caminho para uma rápida retomada de hostilidades e para um conflito que, no seu conjunto, terá consequências ainda mais graves, incluindo para as relações com os Estados Unidos. Não queremos isso.”

Para Riabkov, o importante é “encontrar uma solução duradoura que necessariamente deve contemplar a eliminação das causas profundas do que aconteceu na Ucrânia” – para o vice-ministro russo, entre as causas da guerra “estão a expansão da NATO, o desconhecimento do golpe de Estado na Ucrânia, o incumprimento de Kiev dos Acordos de Minsk e a violação do direitos da população falante de russo no país”. Sem isso resolvido, “não pode haver paz de longo prazo”.

“Um cessar-fogo por si só não é uma solução. Temos uma abordagem diferente e outras diretrizes, que foram expressas diretamente pelo presidente russo e sobre as quais os nossos representantes falaram em Riade com a máxima clareza e detalhes minuciosos”, apontou, reforçando que a operação militar especial tem motivações profundas. “A Rússia não tinha alternativa, uma vez que as causas subjacentes da crise devem-se em grande parte às políticas destrutivas de Washington e das capitais europeias.”

No ano passado, Putin colocou como condição para o início das conversas de paz a retirada das tropas ucranianas da parte que ainda controlam em Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhia e renunciar à NATO. No entanto, desde então, já avançou para a desmilitarização quase completa de Kiev e uma mudança radical na direção do país mais propícia a Moscovo.

por Francisco Lajanjeira 

Executive

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