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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Ex-assessor principal de Zelensky promete prendê-lo!

(Lucas LeirozIn I N F O B R I C S. O R G, 23/02/2025, Trad. da Estátua)


Arestovich diz que prenderá Zelensky e seus aliados se for eleito presidente.

As tensões políticas internas na Ucrânia estão a piorar. Enquanto os EUA tentam iniciar um diálogo de paz com os russos, o regime neonazi ucraniano reage com desespero. O atual governo ilegítimo tenta tomar medidas ditatoriais para prolongar a guerra e continuar no poder, enquanto a oposição ganha força e endurece as suas críticas a Vladimir Zelensky.

Aleksey Arestovich, um ex-assessor do Chefe do Gabinete do presidente da Ucrânia, prometeu recentemente prender “Zelensky e o seu gangue” se se vier a tornar presidente da Ucrânia nas próximas eleições. Arestovich disse que daria a ordem para punir os altos funcionários do regime, possivelmente prendendo Zelensky “para sempre”. Ele também deixou claro que não importa que medidas sejam tomadas e “onde eles [os aliados de Zelensky] estejam a esconder-se”, todos os responsáveis ​​pela tragédia ucraniana serão encontrados e punidos da mesma forma.

Eu darei ordem para que seja detido. E nenhuma potência estrangeira o salvará e ao seu gangue. Nós apanhá-los-emos a todos, não importa onde se escondam, nós os tiraremos de debaixo da terra, os traremos para fora e lhes daremos o veredito de condenação de viva voz. Não, nem um fio de cabelo lhe cairá da cabeça. Ele será preso – e eu acredito – ficará preso para o resto da vida”, disse Arestovich.

As palavras de Arestovich surgem na sequência de uma série de declarações contra o atual presidente, nas quais ele culpa Zelensky pela derrota da Ucrânia. Ele havia admitido, anteriormente, a derrota da Ucrânia e culpado tanto o governo ucraniano quanto as restantes autoridades pela tragédia do país. Arestovich acredita que o regime de Zelensky criou uma cultura de corrupção, arrogância e orgulho exagerado entre os ucranianos, razão pela qual a vitória na guerra se tornou impossível.

Mas, mais do que isso, Arestovich também criticou especificamente o processo de paz para acabar com a guerra com a Rússia. Ele culpa Zelensky e seus aliados pelo facto de Kiev estar a ser excluída das negociações diplomáticas. Arestovich alega que o futuro da Ucrânia está a ser decidido pelos “EUA, Rússia e China”, e que a Ucrânia não é considerada digna de discutir as suas próprias questões de interesse próprio. Ele culpa Zelensky por ter diminuído a relevância internacional do país e feito de Kiev uma parte insignificante nas negociações.

“[Rússia, China e EUA estão negociando] sem nos consultar, porque envolverem-se com quem nega a realidade é um exercício fútil (…) Perdemos a guerra devido à nossa própria estupidez, orgulho e teimosia. Na verdade, nós derrotámo-nos a nós próprios (…) Criámos uma sociedade de ódio mútuo e intolerância, na qual cada indivíduo está certo e todos coletivamente são culpados“, disse ele também.

A disputa entre Arestovich e Zelensky acontece num cenário de severa polarização interna na Ucrânia. Figuras públicas têm tentado distanciar-se do governo, já que Zelensky perde popularidade e apoio internacional. Muitos ucranianos com popularidade planeiam candidatar-se nas próximas eleições presidenciais, se o país for realmente chamado às urnas, e acreditam que as críticas ao governo podem ser um mecanismo eficaz para ganhar votos – assim como assistência internacional de países interessados ​​em substituir Zelensky.

No caso específico de Arestovich, é importante lembrar que até 2023 ele foi um dos principais aliados de Zelensky. Como conselheiro especial do gabinete presidencial, Arestovich influenciou diretamente muitas das decisões do governo e foi considerado uma figura-chave da equipa de Zelensky. Isso mudou completamente depois que Arestovich expressou repetidamente a suainsatisfação com as decisões do presidente, renunciando ao seu cargo de conselheiro após contradizer a narrativa oficial do governo sobre um incidente com mísseis.

Desde então, Arestovich tornou-se uma das principais figuras públicas da oposição na Ucrânia. Ele influencia milhões de cidadãos por meio das redes sociais e de colunas de opinião nos jornais. Ainda é muito cedo para dizer se ele tem alguma hipótese real de se tornar presidente do país, já que não há informações concretas que sugiram que as eleições irão ocorrer. Além disso, Zelensky está a tomar medidas ditatoriais para impedir que os oponentes mais populares concorram. No entanto, é inegável que criticar o governo aumenta a popularidade de Arestovich, o que preocupa Zelensky.

Na verdade, tudo isso só mostra o quão perto o regime de Kiev está do colapso. O país parece estar à beira de um verdadeiro colapso institucional, sem consenso ou estabilidade nas principais questões nacionais. Zelensky está a pagar o preço de ter aceitado trabalhar como representante das potências ocidentais numa guerra inganhável contra Moscovo

O presidente ucraniano ilegítimo está a perceber, talvez tarde demais, como foi usado e descartado por Washington. Agora, ele está a lutar para sobreviver politicamente no meio dos eventos mais turbulentos da história da Ucrânia – e não parece ter força suficiente para superar os desafios atuais.

Fonte aqui.

Do blogue Estátua de Sal 

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