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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

O golpe mediático:

Conheço Ignacio Ramonet há muitos anos. foi titular de um dos módulos da parte curricular do meu doutoramento, por sinal, sobre os telejornais, e meu convidado durante o Porto 2001-Capital Europeia da Cultura. proferiu, na altura, uma conferência sobre a comunicação-mundo, na Biblioteca Almeida Garretrt, que foi pequena para acolher a multidão que se deslocou ao Palácio de Cristall. Ramonet tem vastíssima obra teórica publicada e é um dos nomes inconformáveis do jornalismo e das Ciências da Comunicação. pois esta madrugada, passando por vários canais da América Latina que seguiam a situação na Venezuela, dei com ele na Telesur a explicar as razões pelas quais os media hegemónicos veiculam fake news, por vezes sem disso se aperceberam. de passagem, eu sou mais céptico, posto estar absolutamente convencido que nada é inocente. mas, adiante. Ramonet abordava a história do momento, a aldrabice posta a correr pela líder da extrema-direita Maria Corina Machado. teria sido presa, violentamente, claro. é impressionante a forma como foi dado crédito a uma informação posta a circular pela própria, sem que alguém tivesse tido o cuidado elementar de verificar. Ramonet explicou, depois, com a clareza habitual, o que é e como funciona o golpe mediático. dito isto, o crime compensa, prevalecendo a velha máxima do dr. Goebells segundo a qual uma mentira muitas vezes repetida transforma-se em verdade. e, assim, as televisões continuam a insistir na prisão, bem como em gigantescas manifestações da oposição, inexistentes.

Jorge Campos

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