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sábado, 18 de janeiro de 2025

O Bordel:

Um texto antológico de Nicole Guardiola, grande jornalista sobre a bovina mansidão com que o Ocidente foi conduzido até à dominação total da manada que entre ordeiramente no corredor da morte. A História da civilização do Ocidente desde o final da Segunda Guerra.:

Não sei quem escreveu o discurso/testamento de Joe Biden aos estadounidenses, mas admiro a sua lucidez. Fez o diagnostico mais severo e sintético do «estado da nação», que é também o do »ocidente alargado» de que a Europa è a parte mais significativa. Esta oligarquia, que congrega o dinheiro, o poder politico e militar e de influencia, é tambem a que nos governa e manipula, todos os dias e a todas as horas. Um mundo que um punhado de individuos pode moldar e manipular ao sabor das conveniencias, diabolizando, aterrorizando, destilando o medo e os odios ou, pelo contrario, criando mitos e herois incuestionaveis. Mas estes oligarcas não chegaram ao topo dos poderes de um dia para o outro, nem tiveram de exercer qualquer tipo de violencia fisica : chegaram as posições que agora ocupam graças ao exercito inumerável dos «cretinos numericos» em que estamos todos aregimentados, com algumas - poucas - resistencias.
Sim, fomos todos deslumbrados pela revolução informatica, as «novas tecnologias» , rendidos ao « progresso» que introduziram em todos os campos das actividades humanas, da finanças à agricultura e pecuaria, do comercio á comunicação e aos transportes,da biologia e da genetica, para invadir finalmente os dominios da investigação e inovação e da criação artistica que promete a Inteligencia artificial.
Sim, participamos no linchamento ideologico de todos os «lançadores de alerta» que incitavam a reflexão e propunham levantar controlos, limites, e uma avaliação criteriosa dos riscos e beneficios.
Os «velhos» como eu que se assustam e indignam da indigência da nossa sociedade da informação , da censura omnipresente, da manipulação das memorias e da historia são invariavelmente remetidos para a impotencia resmungona dos «velhos do Restelo».
Quando os livros desaparecem das casas, quando as palavras são pouco a pouco esvaziadas de sentido, quando os ecrãs ocupam todas as atenções , como exercer a tal «vigilancia» que a que Biden apela os seus concidadãos para resistir à desinformação e àss falsas informações?
Exemplarmente os nossos comentadores interpretaram o discurso de Biden como endereçado ao seu sucessor Trump, como se este e a sua corte fossem a tal «ameaça» à democracia que convem derrubar quanto antes. Ou seja como(mais) uma manifestação de ressentimento do derrotado. Os Gates, Musk, Zuckemberg, Besos e Cia não se deixam perturbar: Trump não è o seu problema, è a sua criatura, a que vai ajurdarlos a completar a sua resistivel ascensão até ao pinaculo do poder planetario. Há já poucos estados em condição de lhes impor limites e quando terminarem de colonizar o espaço com os seus milhares de satelites até as fronteiras e barreiras linguisticas ficarão definitivamente obsoletas.
Tudo, obviamente, em nome do progresso e do futuro radioso de uma humanidade sem coração nem cabeça, mergulhada nos limbos de um mundo virtual, sem dores nem compaixão, puro divertimento....
Carlos Matos Gomes

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