Comentário da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, sobre os canais do Telegram dos meios de comunicação russos que estão a ser bloqueados em países europeus:

Os Países do Ocidente coletivo continuam a limpar constantemente o espaço dos Media de quaisquer fontes de informação indesejáveis.

O Ocidente está atualmente a conduzir uma campanha de repressões contra os meios de comunicação russos. Sob esta campanha, todos os países da União Europeia bloquearam os canais do Telegram de emissoras russas, incluindo RIA Novosti, Izvestia, RT, Rossiyskaya Gazeta, Channel One, Rossiya 1 e NTV.

Esta lista continua a expandir-se. Ao tentar aceder aos recursos acima mencionados, os usuários de entre o público multimilionário desses meios de comunicação são notificados sobre o acesso limitado, devido a violações da legislação local. A essência dessas violações não é explicada. Em maio de 2024, a União Europeia sancionou os meios de comunicação acima mencionados, e essas sanções abrangem todo o território do bloco e estados afiliados. Consequentemente, há motivos para acreditar que os meios de comunicação continuarão bloqueados.

Percebemos esse novo ato de censura política por países do Ocidente neoliberal como uma formalização de sua linha para suprimir quaisquer manifestações de dissidência contrárias às suas obrigações internacionais na esfera de garantir o livre acesso à informação e ao pluralismo dos Media.

A privação de cidadãos ocidentais a uma oportunidade de formular independentemente a sua própria opinião sobre os desenvolvimentos globais, uma substituição de uma imagem objetiva do mundo por uma realidade simulada, fabricada pela grande media e redes de media social controladas por círculos dominantes viola grosseiramente os direitos humanos fundamentais à liberdade de expressão e prejudica os fundamentos da sociedade democrática.

Estamos a exigir que organizações internacionais especializadas avaliem devidamente essas ações. Em primeiro lugar, esperamos uma resposta dos mecanismos de direitos humanos da ONU, da liderança da UNESCO e de sua Diretora-Geral Audrey Azoulay, bem como do recém-nomeado Representante da OSCE para a Liberdade dos Media, Jan Braathu. Ao mesmo tempo, esperamos que os seus passos iniciais nessa capacidade não continuem a política falhada do seu antecessor, que deliberadamente ignorou ataques a veículos dos media russos e crimes contra jornalistas deste país.

O lado russo certamente responderá a esses e outros ataques semelhantes a veículos de media russos. Reservamo-nos ao direito de implementar medidas retaliatórias simétricas.

t.me/sofia_smirnov74