A propósito deste mapa da evolução da rede ferroviária chinesa nos últimas duas décadas (sublinho que a China tem de muito longe a maior rede de alta velocidade mundial, construída nos últimos 20 anos), recordo que há poucos dias vi uma confêrencia de um Prof alemão da universidade de Heidelberg que referiu que nos últimos 60 anos os Chineses (cujo governo há muito que já não é comunista clássico, mas continua a ser autoritário) ascenderam da mais absoluta pobreza (pobreza de trabalho duro e dolorosa fome) e da tecnologia da agricultura medieval até à mais sofisticada vanguarda da tecnologia mundial.
Simultaneamente, poucas décadas depois da fome mortífera dos tempos duros e estupidamente iconoclastas da Revolução Cultural maoísta, os governos de Beijing conseguiram tirar 800 milhões de Chineses da fome absoluta para a classe média de vida folgada que hoje viaja pelo mundo inteiro. Há 50 anos, quando eu era adolescente, lembro-me bem, estava nos últimos anos do liceu, a China era um dos países mais pobres do mundo. De aí para cá, a China colocou-se no centro da economia mundial e na mais sofisticada vanguarda científica a nível mundial.
Entretanto, a democracia americana e o seu na altura pujante e entusiasmante American Dream dos anos 40 e 50 redundou no afundamento de 40 milhões de Americanos na mais absoluta pobreza, gente que vive nas ruas, sem casa, que não sabe quando acederá à próxima refeição… E tem zero, repito, zero, quilómetros de TGV.
Isto está aí à nossa vista. Só não vemos se não quisermos. Aqui fica algum alimento para a reflexão…
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