(Gerry Nolan, in X Breaking News, 22/11/2024, Trad. da Estátua)
Fez ontem 61 anos. A 22 de novembro de 1963, enquanto a comitiva de John F. Kennedy passava por Dallas, o mundo testemunhou o silenciamento violento de um líder que ousou desafiar as forças clandestinas que comandavam os assuntos globais. O assassinato de Kennedy não foi meramente o resultado do desastre da Baía dos Porcos ou dos envolvimentos com a Máfia; foi o ápice das suas tentativas audaciosas de desmantelar as arquitecturas obscuras do poder, notavelmente a CIA e o Mossad, e confrontar as ambições de Israel que ameaçavam a estabilidade global.
A presidência de Kennedy marcou uma rara época de genuína independência na liderança americana. Ele reconheceu o perigo representado pelo programa nuclear clandestino de Israel em Dimona, entendendo que um arsenal nuclear descontrolado no Médio Oriente desencadearia uma cascata de proliferação, desestabilizando a região e além. Numa série de correspondências com os primeiros-ministros israelitas David Ben-Gurion e Levi Eshkol, Kennedy foi inflexível, exigindo transparência e inspecções regulares da instalação de Dimona. Ele alertou que o apoio inabalável dos Estados Unidos a Israel seria comprometido na ausência de conformidade. Este confronto não foi meramente uma postura diplomática; foi uma batalha pela alma da segurança internacional.
A recusa de Israel em assinar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) contrasta fortemente com nações como o Irão, que, apesar da difamação implacável, continua a ser signatário. A hipocrisia é gritante: Israel, com as suas capacidades nucleares opacas, opera com impunidade, enquanto o Irão enfrenta sanções e ameaças sobre as suas ambições nucleares civis. Kennedy previu essa duplicidade e procurou impedir um Médio Oriente com armas nucleares, entendendo que tal resultado deixaria a humanidade mais perto da aniquilação.
Hoje, enquanto o Relógio do Juízo Final marca perigosamente perto da meia-noite, os ecos dos avisos de Kennedy ressoam com uma clareza assustadora. As maquinações do Deep State levaram-nos à beira do abismo, com guerras por procuração e operações secretas a servir como a força vital de um complexo militar-industrial desprovido de responsabilidade. As mesmas entidades que Kennedy tentou desmantelar metastatizaram-se, incorporando-se ao tecido da governança global, perpectuando conflitos da Ucrânia ao Líbano que nos aproximam cada vez mais do abismo.
O assassinato de Kennedy não foi apenas o silenciamento de um homem, mas a supressão de uma visão, uma visão de um mundo onde nações soberanas poderiam procurar a paz sem a ameaça iminente da proliferação nuclear clandestina. A sua morte marcou o triunfo das próprias forças que ele procurava conter, estabelecendo um precedente para a expansão descontrolada de agências secretas e a normalização do subterfúgio patrocinado pelo estado.
Ao assinalar o legado de Kennedy, precisamos de confrontar as verdades desconfortáveis que ele iluminou. O caminho para a meia-noite é pavimentado com a cumplicidade daqueles que fazem vista grossa às hipocrisias do apartheid nuclear e o poder descontrolado das agências de inteligência. Honrar a sua memória é reacender a luta contra essas forças insidiosas, exigir transparência e lutar por um mundo onde o espectro da aniquilação nuclear não seja usado como uma ferramenta de estratégia geopolítica.
Enquanto estamos à beira do precipício, lembremo-nos da coragem de Kennedy ao enfrentar as mãos ocultas que dirigem o nosso mundo. Vamos canalizar essa bravura para desafiar o status quo, expor as hipocrisias e tirar a humanidade do abismo. O relógio está a correr, mas o legado da resistência perdura.
Fonte aqui.
Do blogue Estátua de Sal
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