"Partiu para uma missão muito difícil, exigente e complexa, a missão de modernizar a gestão do SNS e também de levar a cabo a maior reforma organizacional nestes 45 anos, desde a criação do Serviço Nacional de Saúde", disse o socialista, criticando que Ana Paula Martins tenha forçado, "desde a primeira hora", a demissão de Fernando Araújo e da sua equipa.
Para João Paulo Correia, esta demissão faz parte de "uma estratégia de saneamentos que o governo da AD tem levado cabo na administração pública".
Ontem, o médico entregou o relatório pedido pela ministra sobre o trabalho realizado pela DE-SNS desde janeiro de 2023 e o ponto de situação das reformas em curso, mas, ao contrário do que estava previsto, não foi recebido por Ana Paula Martins que se encontrava em funções no Algarve.
"Uma falta de respeito", considerou João Paulo Correia. O PSD respondeu, pela voz de Francisco Sousa Vieira, rejeitando "o ataque à ministra da Saúde" que se atrasou porque estava no Algarve.
Sobre o relatório, Fernando Araújo explicou aos deputados que foi feito em metade do tempo previsto para não ser um obstáculo à concretização de novas medidas.
Dando nota que o documento, que será divulgado, foi dividido em 12 capítulos e mais de 600 páginas e conta cerca de 350 anexos, com mais de oito mil páginas. "Não será seguramente a quantidade que é relevante, mas foi uma tentativa séria de elencar, de forma transparente, as mais de duzentas iniciativas em que trabalhamos, os problemas e as soluções estudadas, podendo naturalmente ser objeto de decisões políticas distintas, porém, permitindo uma base sólida para o estudo dos processos".
A audição da Comissão Parlamentar de Saúde, a requerimento do PS para explicar as razões da sua demissão do cargo de diretor-executivo do SNS, terminou com palavras de agradecimento a Fernando Araújo pelo trabalho, empenho e dedicação à causa pública e ao SNS.
22 maio, 2024 às 10:44
No JN
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