Contrariando esta posição, o comissário disse ter, sobre Sarmento, “uma muito boa perspectiva de boa cooperação, tanto no plano de recuperação e resiliência, como na trajectória orçamental para Portugal”.
Questionado sobre se não vê sinais de preocupação, relativamente à economia portuguesa, o comissário respondeu de forma lacónica, dizendo apenas “não estar preocupado”.
O presidente do Eurogrupo, Pascal Donohoe também afastou qualquer preocupação, afirmando que em Bruxelas estão todos de acordo relativamente às finanças de Portugal.
“De uma forma geral, a visão do eurogrupo, da Comissão e de todos os ministros das Finanças membros da União Europeia é que houve uma grande melhoria nas finanças públicas de Portugal”, destacou Donohoe, dando como exemplos os “níveis de endividamento [que] continuam a melhorar e também (...) a economia portuguesa [está a] regressar a um forte crescimento”.
“Espero que continuemos a ter uma excelente cooperação com o novo governo de Portugal e com o seu novo ministro das Finanças, a quem estou ansioso por dar as boas-vindas pessoalmente”, afirmou o presidente do eurogrupo, à entrada para a reunião em que Miranda Sarmento iria participar pela primeira vez.
“Sei que, de uma forma geral, as finanças de Portugal permanecem muito, muito estáveis e em boas condições. Mas sei que o novo ministro das Finanças terá os seus próprios planos sobre como pretende reforçá-las ainda mais, embora eu antecipe uma excelente cooperação”, disse, com “a certeza de que o novo ministro das Finanças nos atualizará hoje sobre a sua mais recente perspetiva em relação à economia”.
Sobre a polémica em torno da acusação ao anterior governo, Pascal Donohoe disse não querer acrescentar comentários: “Deixo isso realmente para o debate que está a ocorrer em Portugal”.
“Deve dizer-se que, no ano passado, Portugal registou um excedente orçamental de 1,2% do PIB, e também há um plano de excedente para este ano”, respondeu Dombrovskis, considerando “interessante esclarecer com o ministro os planos exatos”.
“No que diz respeito à implementação do plano de recuperação e resiliência, está, de uma forma geral, no bom caminho”, disse, assinalando “no entanto, uma recomendação para que Portugal acelere alguns aspetos da implementação [do PRR]”.
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