Acontece com quase todos os povos: quase sempre escolhem gente inegavelmente má para os liderar, e só de vez em quando apoiam líderes brilhantes e competentes, que iniciam percursos para futuros mais bonançosos.
Na Madeira a pobreza da maioria da população sugeriria a necessidade de sacudir o fadário de, desde a Revolução de Abril, terem um Jardim e um Albuquerque a ditar-lhes a continuação da sina. E, no entanto há o paradoxo do eleitorado erradicar o Bloco e a CDU da Assembleia Regional e manter o Partido Socialista na dimensão anterior.
Faz pensar na pertinência de uma espécie de masoquismo ilhéu, que leva os adjacentes compatriotas – os açorianos também assim decidiram! - a suportarem políticas, que os mantém na cepa torta, e a “quererem” vê-las prosseguidas. Sobretudo quando são, invariável e exclusivamente, do interesse de quem, diariamente, os explora.
No continente o mesmo passou-se em 10 de março: cedendo à manipulação dos vários poderes (presidencial, judicial e mediático), que tudo fez para derrubar um governo de maioria absoluta, que estava a produzir resultados meritórios, reconhecidos pelas próprias instituições internacionais, os portugueses deram a oportunidade para que um exemplo paradigmático de um homem sem qualidades, mas hábil no oportunismo arrivista, pudesse ser primeiro-ministro. Nesse sentido o maquiavelismo de Marcelo em prol dos seus resultou em pleno: Montenegro, Albuquerque e Bolieiro equivalem-se em mediocridade e em incompetência para melhorarem a qualidade de vida de quem (des)governam.
Passado este tempo de padecimentos autoinfligidos esperemos que outra lucidez devolva aos povos lusos a orientação de quem melhor vá ao encontro dos seus coletivos interesses.
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