(José Goulão, in AbrilAbril, 02/06/2022)
Há gestos que arruinam definitivamente um político, uma política e uma governação. A excursão do primeiro-ministro da República Portuguesa, António Costa, à Ucrânia Ocidental para depositar 250 milhões de euros dos portugueses na conta de um Estado falido, o mais corrupto da Europa e à mercê de um aparelho nazi traduz um gesto do maior desprezo possível pelos portugueses e pela democracia portuguesa. A partir de agora o actual chefe do governo está pronto para ocupar o lugar que ambiciona na estrutura autoritária e antidemocrática da União Europeia, quiçá da NATO. E que seja depressa: o povo português não pode continuar a ser usado como carne para canhão numa guerra com a qual nada tem a ver e que, pelo caminho que as coisas levam, pode dizimar a Europa – para gáudio dos Estados Unidos da América.
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