Porém, com os votos de Grimaldo, Otamendi e Salvio é que
Artur Soares Dias nunca contará. A mesma história de sempre, vergonhoso,
inacreditável, vergonhoso, sempre o mesmo, incrível – traduzidas do castelhano
para o nosso falar português, foram estas as palavras, sensatas, com que o trio
de funcionários e ex-funcionários do Benfica entendeu por bem comunicar o que
lhes ia na alma poucos minutos depois do fim do jogo com o FC Porto
preenchendo, assim, o vazio oficial sobre a matéria em apreço nessa noite tão
elucidativa no ramo das artes comparativas.
Comparar a atuação de Artur
Soares Dias nos desafios Braga-Sporting e Benfica-FC Porto, jogos-chave na
definição do título e do acesso direto à Liga dos Campeões, não é um exercício
vão. O mesmo Dias, “sempre o mesmo” na ideia de Eduardo Salvio, que no espaço
de 8 minutos exibiu dois cartões amarelos a Gonçalo Inácio reduzindo o Sporting
a 10 em campo mal tinha passado o primeiro quarto-de-hora de jogo na Pedreira,
recusou-se terminantemente a aplicar a mesma medida disciplinar a Sérgio
Oliveira que viu um cartão amarelo aos 15 minutos e que ao 17 e aos 20 minutos
entrou de cavalgadura sobre Rafa e sobre Pizzi sem que o árbitro apitasse
sequer essas faltas grosseiras não fosse a situação complicar-se. A “mesma
história de sempre”, de acordo com o juízo de Alejandro Grimaldo, repetir-se-ia
com Pepe a quem a expulsão foi também poupada porque não é Pepe quem quer, é
Pepe quem pode, como Gonçalo Inácio poderá, melhor do que ninguém, testemunhar.
Ao contrário do Benfica, que não
resistiu a Artur Soares Dias, nem a si próprio nesta temporada, o Sporting
sobreviveu a Artur Soares Dias tão bem, tão bem que até venceu o tal jogo em
Braga. E é por isso que vai ser campeão.
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