Não! O Luís Silva não foi mais um Presidente de Junta de Freguesia. Ele foi o arquétipo do que pode e deve ser um Presidente.
O camarada, o Presidente, o amigo Luís Silva encarou cada mandato, à frente dos destinos da freguesia de Figueiró, com verdadeiro espírito de missão.
Com ele há uma freguesia de Figueiró
antes e uma freguesia de Figueiró depois.
Ele amou a(s) sua(s) freguesia(s)
como poucos, e assumiu o “bem comum” como muitos menos, não só como autarca,
mas também como dirigente associativo e como empresário.
O nosso Luís Silva conseguiu
juntar ao seu apurado sentido político partidário na defesa intransigente dos
interesses de Figueiró, uma aprofundada consciência ideológica que fez dele um
dos melhores autarcas deste concelho.
Mas o Luís Silva não representou
um significante e um significado assente somente em Figueiró, o que já não
seria de somenos. Este nosso camarada era e será uma referência política do
concelho e uma referência socialista, uma inspiração que se prolongará pelo
tempo.
E se dúvidas houvesse acerca do
seu livre espírito, do seu firme sentido democrático e da sua obstinada orientação
socialista, bastaria recordar que assumiu a sua candidatura à Junta de
Freguesia de Figueiró numa altura em que ser socialista neste concelho obrigava
a especial coragem. Numa altura em que ser candidato pelo partido socialista
representava uma inusitada ousadia com provável prejuízo para a vida pessoal de
quem arriscava fazê-lo.
Por isto, e por todo o seu papel
neste concelho, Luís Silva é, de facto, um dos primeiros obreiros das vitórias
socialistas que se seguiram.
Não era só um respeitado autarca,
era um verdadeiro Presidente da Junta de Freguesia Socialista que colocava na
sua ação política diária o cunho do centro esquerda humanista e solidário.
A sua coerência como sujeito,
como pessoa, como politico, empresário, companheiro, camarada, enfim, como um
todo, plasmava-se a cada dia porque em todos estes papéis a sua visão
preocupada com os mais desmunidos, a sua ânsia de a todos fazer bem, o seu desejo de que a
“igualdade de oportunidades” fosse mais do que um vago conceito, faz-nos sentir
um profundo orgulho por este ser humano ter partilhado dos valores mais
importantes do Partido Socialista Português e ter afirmado os seus princípios.
Parte quando ainda tanto
precisávamos dele e quando tanto tinha para dar. O seu legado, este, perdurará.
De resto, o Partido Socialista de
Paços de Ferreira tem visto algumas dos seus Presidentes de Junta e figuras
mais exemplares partir neste passado recente. As figuras de Rui Santos de São
Pedro da Raimonda, de Horácio Pereira de Sanfins e de Albino Barbosa, também de
Figueiró, representam memórias coletivas deste concelho que o PS de Paços de
Ferreira a seu tempo saberá homenagear pois a divida é incomensurável.
Armanda Fernandez, Presidente da Concelhia do PS de Paços de Ferreira.
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