As palmas dadas ao 1º. Ministro na Assembleia da República após a declaração do orçamento do estado pelos deputados da maioria, PSD e CDS, fez-me recordar o tempo do faroeste, o assalto a diligências, em que havia senhoras, dada a elegância e educação dos salteadores, regozijavam e sentiam admiração por quem as assaltava.
Havia código de honra nos salteadores. Saltavam-lhes logo às vistas quem ia ser espoliado dos seus bens. Procuravam entre os passageiros, ou já tinham conhecimento, de quem se fazia transportar naquela diligência, regra geral, era a fina flor da sociedade dos vários Estados Americanos. Um roubo em nada piorava as suas condições económicas. Por isso sentiam admiração - as senhoras - pelos salteadores, tendo algumas se enamorado.
Do maior salteador que temos no País, não há memória de outro, os Portugueses, não se sentem atraídos por tal figura. Falta-lhe carisma e honestidade. Prometeu mundos e fundos. Mas desde o início da sua governação só nos manda para o fundo. É um Eduardo Mãos-de-Tesoura ao contrário. Não tem jeito para a coisa. A culpa não é dele mas... de quem votou nele.
Dos maiores fenómenos a que assisti na minha vida foi no dia 14 de Outubro na Assembleia da República. Sempre que alguém é prejudicado, burlado ou roubado é normal manifestar-se com indignação ou apresentar queixa. Alguns, a minoria, contestaram. Os outros, a maioria, bateram palmas de regozijo e puseram-se de pé a aclamar o salteador.
Foi aqui que me fez recordar as damas americanas a sentirem-se felizes por serem roubadas e sentirem-se apaixonadas pelos salteadores.
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