Pior: a DI omite-se das entrevistas e deixa tudo ao critério do pivot, o que invariavelmente tem levado a que sejam usadas em temas superficiais da actualidade. Cada um faz o que quer. E tudo parece andar em roda livre.
Ontem, José Rodrigues dos Santos (JRS) foi escandalosamente longe demais. Usou os 10m com Paulo Raimundo (do PCP) para falar se Portugal devia ou não... enviar armas para a Ucrânia!! E fê-lo como um estagiário preguiçoso, que bate na mesma pergunta 4 vezes porque o entrevistado não lhe disse “sim” ou “não”. E ao fim dos 10m mandou-o embora. Paulo Raimundo até rematou: “Então é só isto?!”
Mais: A DI decidiu passar a entrevista no programa 360 da RTP3 para ser comentada. Mas foi cortado o remate de Paulo Raimundo, de modo a não ficar à vista o mau trabalho jornalístico de JRS.
Ora, o que se passou ontem não pode acontecer. Por isso, sugere-se:
1) Se a entrevista é para ser sobre programas políticos e não o foi, por culpa do pivot, deve ser dada nova entrevista ao PCP
2) Se o pivot não sabe entrevistar, é preferível que seja substituído por quem estude os dossiers.
3) A DI deveria dar mais tempo para a explanação dos programas; ontem no canal privado CNN, Pedro Nuno Santos foi entrevistado durante cerca de uma hora (!!) por comentadores.
(Queixa apresentada à provedora do telespectador da RTP)
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