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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Goldman Sachs - a escola de moderação de Carlos Moedas:

Quem cospe para o ar corre o risco do cuspo lhe cair em cima. É o caso da Carlos Moedas e da acusação de radical à candidata do Partido Socialista às próximas autárquicas. O Moedas encolheu-se todo, e disse muito fininho que ele era um moderadinho. Não tenham medo dele que ele era moderado em tudo. Excepto em aldrabar o seu passado radical. A grande escola de Moedas foi o banco americano Goldman Sachs.
O banco Goldman Sachs, a escolinha de moderação de Moedas é conhecido no meio financeiro como a hidra", "A Firma" ou "Governo Sachs" pela sua habilidade em infiltrar-se nas mais altas instâncias dos estados. Políticos chave dos Estados Unidos e da Europa trabalharam anteriormente para o banco. É o caso, não apenas do ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, mas também de Mario Monti, Peter Sutherland (ex-diretor geral da Organização Mundial do Comércio), Petros Christodoulou (gerente geral da Agência de Administração da Dívida Pública grega, em 2010, e, em junho de 2012, eleito vice-presidente do Banco Nacional da Grécia, o português (falecido) Antonio Borges, ex-vice-presidente da Goldman Internacional (unidade que dirigiu os swaps gregos entre 2000 e 2008), que assumiu a direção do FMI para a Europa, em outubro de 2010; Karel van Miert e Otmar Issing, entre outros. "Colocar Draghi à frente do BCE é como deixar a raposa cuidando do galinheiro", explicou o economista Simon Johnson, professor da MIT Sloan School of Management. Durão Barroso, ex presidente da Comissão Europeia e membro do clube Bilderberg e António Arnaut presidente da ANA são ex Goldman Sachs boys.
Nos Estados Unidos, o ex-diretor do Goldman Sachs, Robert Rubin, dirigiu o Conselho Econômico Nacional criado por Bill Clinton (1993-1995), antes de se tornar seu Secretário do Tesouro (1995-1999). Sob a presidência de George W. Bush, dois outros ex-proprietários do banco Goldman tiveram papel político importante em diferentes áreas do governo e dentro dos dois principais partidos. Henry Paulson foi, de 2006 a 2009, Secretário do Tesouro (e principal arquiteto do bailout do sistema bancário americano), enquanto Jon Corzine foi eleito senador (democrata) por Nova Jersey em 2000 e governador daquele estado, entre 2006 e 2010. Stephen Friedman, antigo CEO do banco, estava usando três chapéus no momento da crise financeira: era administrador do Goldman Sachs, chefe do President's Intelligence Advisory Board, órgão consultivo do presidente para assuntos de inteligência, e presidente do Federal Reserve de Nova York, órgão que fiscaliza o Goldman Sachs.
Alguns títulos retirados do Google sobre as atividades da escolinha de moderação de Carlos Moedas ajudam a perceber de onde lhe vem tanta manha e desfaçatez:
Ex-banqueiro do Goldman Sachs é condenado a 10 anos de prisão por caso de corrupção
Da Reuters 09/03/2023
O acordo bilionário do Goldman Sachs por crimes de corrupção: O Grupo Goldman Sachs fez um acordo com autoridades dos Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Malásia e outros países que inclui pagamento de mais de U$2.9 bilhões após admitirem violações ao Foreign Corrupt Practices Act (“FCPA”), legislação federal americana também conhecida como Lei de Práticas de Corrupção no Exterior, pioneira no combate à corrupção. O acordo inclui a retirada das acusações criminais contra o banco de investimentos norte-americano. A subsidiária do Goldman Sachs na Malásia teria pago propinas bilionárias a funcionários públicos do alto escalão da Malásia e de Abu Dhabi para obter vantagens em negócios da empresa.
Goldman Sachs foi considerado como um dos principais atores na ocultação do déficit da dívida pública grega. Goldman Sachs esteve envolvido na origem da crise da dívida pública da Grécia, pois ajudou a esconder o déficit das contas do governo conservador de Kostas Karamanlis.
Goldman Sachs no centro de escândalo financeiro internacional: O famoso banco de investimento norte-americano Goldman Sachs, o único dos grandes que sobreviveu à crise de 2008, encontra-se agora no epicentro de um enorme escândalo financeiro de desvio fraudulento de fundos e de corrupção política no sudoeste asiático.
Carlos Matos Gomes

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