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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Imaginem que um terrorista se esconde na escola dos vossos filhos:

E o Governo decide bombardear toda a escola e matar todas as crianças para matar o terrorista. Sequer vou debater quem é o alegado terrorista, o que é a violência colonial e a resistência, o que é o Hamas ou não é, assuma-se que aquele homem escondido na escola será o pior ser humano do mundo, alguém pode alguma vez aceitar que um governo faça explodir 18 mil crianças e deixe dezenas de milhar amputadas, sem pernas, sem braços, destruídas mentalmente para sempre para matar quem quer que seja do Hamas? Como se pode matar médicos e enfermeiros porque estava aí escondido um membro do Hamas, ou mesmo mísseis? Sim, imaginemos que amanhã os piores criminosos do mundo se barricam no Hospital Santa Maria, que faz o Governo? Bombardeia o hospital? Quem não percebe isto e não toma posição, é cúmplice. Não há nenhuma comparação entre o que se passa na Ucrânia e em Gaza. A Ucrânia é uma guerra trágica, Gaza é um campo de morte, sem fuga possível. Os nazis esconderam os campos de concentração e extermínio, e negaram a sua existência; os bombardeamentos de civis eram vistos como intoleráveis. E também negados na II Guerra, até se tornar claro que eram uma opção. Mesmo na guerra do golfo inventaram "dano colateral". Israel e os governos cúmplices matam em directo, todos os dias, não negam, não lhe chamam dano colateral, vemos mesmo os líderes políticos e militares salivarem como loucos com a matança. Sim, é o mais importante combate das nossas vidas. Defender a Palestina. Porque do outro lado está a defesa, para todo o mundo, de que não há qualquer lei na guerra e de que vale tudo. Até o extermínio, caído do céu, em directo.

Raquel Varela

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