Essa campanha angariou mais de 1,4 milhões de euros, dos quais 1,3 milhões vieram de Empresas Farmacêuticas. Até aqui, nada de grave, mas a conta em que foram recebidas as verbas não era institucional, era uma conta privada de Ana Paula Martins, Miguel Guimarães e Eurico Castro Alves, um ex-secretário de Estado da Saúde do efémero segundo mandato de Passos Coelho que Cavaco quis impor ao País.
Eurico Castro Alves, ex-presidente do Infarmed é o atual coordenador do grupo dos 13 que vão desenhar o plano de emergência para a saúde encomendado por este Governo.
Voltemos à conta particular referida. Para as Farmacêuticas beneficiarem fiscalmente da Lei do Mecenato, foram emitidas declarações falsas da Ordem dos Médicos, hospitais, Associação Nacional de Farmácias e Liga dos Bombeiros, na presidência do inefável Jaime Marta Soares, enfim, contabilidade paralela, fuga ao fisco, falsas declarações para os benefícios fiscais e faturas falsas, como assinala o excelente artigo de Pedro Almeida Vieira // Abril 3, 2024 (in Página Um).
Em resumo, a atual ministra da Saúde foi tão eficaz em esconder as circunstâncias e o local do acidente em serviço governamental como já era, quando bastonária, a gerir a contabilidade criativa com que ludibriava o fisco e contornava a lei e a decência.
Não maço mais os leitores. Os dados estão no artigo referido cuja ligação aqui deixo:
Carlos Esperança
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