Alguns momentos benignos poderiam ter feito pensar que, até agora, Aguiar Branco estaria em condições de continuar a dignificar o seu cargo como o fizeram todos os antecessores, mas o episódio desta semana, a propósito da atoarda racista do meliante do costume, demonstrou termos entrado numa outra conduta, que o desprestigia. Porque, no ano do 50º aniversário da Revolução de Abril, e como disse Pedro Nuno Santos, o combate contra o fascismo deve nortear os democratas todos os dias, sem esmorecer e sem falaciosas desculpas sobre, com ele dar-se ou não importância a quem a não deveria ter.
A realidade é como é, e o elefante veio instalar-se no meio da sala. Agora é altura de arranjar forma de o devolver à origem, ou seja a esse lado selvagem em que matar e morrer obedecem a códigos, que não são os de uma sociedade civilizada. Transformando a passagem deste hiato incómodo numa espécie de meteoro tão fugaz quanto o que, na noite passada, encantou uns quantos basbaques...
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