Tanto quanto parece o fervor comemorativo das direitas a respeito da data de 25 de novembro terá esmorecido com a resposta popular dada à situação política presente na manifestação do 25 de abril.
Acaso a manipulação da História surtisse efeito e conseguissem arregimentar multidões que, verdadeiramente, se estão borrifando para as suas falácias, e seria vê-las a, daqui a dois anos, quererem comemorar o centenário do 28 de maio, inicialmente dissociado da sua evolução para o salazarismo em prol da regenerescência de um país “afundado” pelos republicanos - logo associados aos socialistas do presente pelos comentadores saudosos do Integralismo Lusitano! - para depois ser enfatizado pelos que, com o mesmo entusiasmo dos proponentes do tal livro sobre a identidade nacional e o seu conceito de família, logo recuperariam a importância de quem trouxe a paz dos cemitérios ao país depois de tantos cenários de ingovernabilidade.
Tendo em conta o que Marcelo conseguiu como saldo dos seus dois mandatos persistem, porém, as condições para que os saudosistas do Estado Novo encontrem terreno fértil para as suas mistificações. Para já o filho de um dos principais ministros do fascismo bem soube como replicar as circunstâncias adversas em que os portugueses se viram a partir de 1926.
Que a criatura de Belém se diga alheia à confusão, que provocou, diz muito sobre a sua intrínseca natureza. E só dá razão aos que nunca sequer equacionaram a possibilidade de o apoiarem. Até porque, fazendo História alternativa sempre poderemos imaginar como estaríamos se fosse António Sampaio da Nóvoa a estar a concluir o seu segundo mandato.
Publicada por jorge rocha
Do blogue Ventos Semeados
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