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quarta-feira, 21 de abril de 2021

Na política não vale tudo:

 


Caro(a) Camarada,

Ontem de manhã uma equipa da Polícia Judiciária, a pedido do DIAP, realizou buscas nas instalações da Autarquia no Campo Grande e Paços do Concelho.  Estas buscas resultam de várias denúncias, incluindo participação ao Ministério Público pelo próprio Município na empreitada na Segunda Circular cancelada pela autarquia, a processos urbanísticos (Hospital da Luz, Torre da Av. Fontes Pereira de Melo, Petrogal, Plano de Pormenor da Matinha, Praça das Flores, Operação Integrada de Entrecampos, Edifício Continente, Twin Towers, Convento do Beato) e empreitadas: Segunda Circular, São Pedro de Alcântara e Piscina Penha de França.

Tanto a empreitada anulada pelo Município na Segunda Circular, como a Torre de Picoas e Hospital da Luz, já tinha sido adiantado, pela Procuradoria-Geral da República, estarem a ser alvo de investigação ao jornal Público, em 18 de julho de 2017.  As diligências hoje efetuadas são as primeiras que a Câmara tem conhecimento sobre estes processos, ou seja, quase 4 anos depois.

O Município facultou toda a documentação e prestou toda a colaboração ao Ministério Público e PJ, como sempre acontece quando solicitado. À justiça, o que é da justiça. Aguardemos com serenidade, mas com a esperança que tudo se esclareça com rapidez.

Também ontem caiu a máscara ao candidato Carlos Moedas, através de uma tentativa de aproveitamento tosca, pérfida e abjeta, de um processo de recolha de informação, na sequência de denúncias e sem que alguém tenha sido constituído arguido. Alguns dos processos resultam de queixas da própria oposição, que agora se comporta assim. O caso de Entrecampos, Alcântara, Convento do Beato e Torre de Picoas são disso exemplo.

Sejamos claros: Carlos Moedas não tem uma única ideia para a cidade e não conhece a cidade de Lisboa e as suas gentes. A Lisboa de Carlos Moedas são os corredores do poder e as salas de reunião das privatizações. Limitando-se a debitar lugares comuns, a anunciar “novos tempos” e uma nova forma de fazer política, rapidamente entrou em contradição e passou a uma retórica que encontra paralelo nas sondagens que possui sobre a confiança que os lisboetas têm em si. Ou seja, baixa, muito baixa.

Sabemos que para o PSD e para o CDS aquilo que está em causa nas próximas eleições autárquicas na cidade de Lisboa é muito mais do que o futuro de quem aqui vive, trabalha ou nos visita. É a sobrevivência política de alguns e a tentativa de trampolim político para outros. Mas na política não vale e não pode valer tudo.

Caro(a) Camarada,

A oposição ao PS na cidade de Lisboa já disse ao que vem e como vem. Os últimos tempos têm sido particularmente difíceis por causa da pandemia da COVID-19 e porque partiram alguns dos nossos melhores. Sabemos o quanto evoluiu a cidade com a governação de António Costa e de Fernando Medina. É hora de nos mobilizarmos e dos unirmos ainda mais. Confiantes na justiça, nas marcas do nosso trabalho e de que os lisboetas uma vez mais irão reconhecer em nós, o melhor projeto político para continuar a gerir a nossa cidade.

Sérgio Cintra

Presidente do PS Lisboa

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