Esta de quem vou escrever não é
natural de Freamunde. Mas nem por isso deixou de ser um Freamundense de corpo e
alma. Como outros não sendo naturais, mas que trouxeram e deixaram muito a Freamunde.
António “Rodela” com o seu poema e Vitorino Ribeiro com a sua caricatura,
deram-lhe vida no Livro Pedaços de Nós. Não era preciso porque António Costa –
“Costinha da Farmácia” – foi e é uma lenda para os Freamundenses. Até estou com
receio de escrever sobre ele. Mesmo com esse receio cá vou eu.
Natural de Viseu, ou do concelho,
escolheu Freamunde como sua segunda terra. Segunda! Ou primeira? Quanto a mim
primeira. Aqui casou. Já tinha casado com Freamunde. Certo, certo, é que o
conheci como funcionário da Farmácia, julgo que já era Barros, situada ao lado
da Barbearia do Abílio “Marrana”, depois pertença do João “Barbeiro”. Julgo que
já não transitou para a que está hoje a funcionar em frente ao antigo campo de
futebol no lugar da Feira.
Era um Sportinguista dos sete
costados. Também não admira porque era no tempo dos cinco violinos. Derivado ao
amor pelo Sporting até aliciava os “putos” com guloseimas para eles aderirem ao
Sporting. Não era só pelo Sporting. No seu “sangue” também fervia bastante pelo
Sport Clube Freamunde. Chegando ao ponto de ser quase seu médico. Não o foi
porque não estava habilitado. Mas sobre medicina desportiva percebia tanto ou
mais que os diplomados. Digo-o porque convivi com este facto quando me tornei
jogador do S. C. Freamunde e precisava dos seus préstimos.
Mas não foi só como funcionário
de farmácia ou como “médico” do S: C. Freamunde. Também no Hospital de Paços de
Ferreira onde durante anos ali prestou serviço. Quando ali se deslocava alguém
de Freamunde parecia que era melhor tratado. Mas não. A bondade de Costinha não
olhava a localidades, mas assim às pessoas.
Ainda recordo as prestações que
todos os anos dava à procissão do Mártir S. Sebastião. Com o seu neto vestido
de anjinho todos os anos o acompanhava no trajecto da procissão.
Gosto de publicar personagens deste quilate.
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