Na feira de Esposende, aquando da campanha eleitoral, uma senhora
dirigiu-se a Passos Coelho, candidato a 1º. Ministro, para mal dos nossos
pecados como neste momento estamos a sentir, de forma censurável no meu
entender, por que não somos obrigados a comer quando não gostamos da fruta.
Entendo que a boa educação deve existir assim como o desprezo. Comigo acontece
assim. Quando não é do meu interesse alheio-me dele.
Se a actuação da senhora é reprovável a de Passos Coelho é deplorável.
A senhora usou a fala para o contrariar, ao contrário, Passos Coelho usou a
fala e as mãos não se coibindo de as pôr por várias vezes nos ombros e costas
da senhora e retorquindo várias vezes «o que a senhora precisa é de uma enxada»
depois de a senhora lhe ter dito, que ele devia era ir para a agricultura. Fica
mal um candidato a 1º. Ministro ter esta actuação. Mas, há coisas que no
momento passam despercebidas, mais tarde, juntamos todas as palavras e
construímos o puzzle.
‘’Os donos do poder subvertem os mandamentos iniciais em seu próprio
benefício, alteram hinos de louvor patriótico em louvor próprio, passam a
negociar com humanos e a trazê-los para dentro da fazenda. E a maioria dos
animais nem se lembra mais o que pregava a revolução original, pois a história
é recontada sempre de acordo com os interesses do Porco do Poder, até que a
situação torna-se pior do que era antes e o lema passa a ser’’: “TODOS IGUAIS,
MAS UNS MAIS QUE OUTROS”.
Do livro "O triunfo dos Porcos” de George Orwel’’.
Numa visita pelo mercado de Vila Real, uma jovem abeirou-se dele
dizendo que lhe queria agradecer uma coisa. «Queria agradecer-lhe ter-me
chamado ignorante. Estou a frequentar um curso EFA (Novas Oportunidades) e sou
a melhor aluna da minha turma», disse, em resposta às declarações polémicas do
líder do PSD que classificou o programa Novas Oportunidades como «uma
credenciação à ignorância».
No dia 1 de Abril, Passos Coelho garantiu numa escola de Vila Franca de
Xira que não iria haver cortes no 13º mês. Sei que neste dia tudo é permitido
mas, o que tantos Portugueses receavam, concretizou-se. Com a elaboração do
Orçamento de Estado para 2012, é o subsídio de férias, 13.º mês e subida de
impostos. Quem pode suportar estes cortes? Se todos estamos à espera destas
compensações para equilibrarmos as nossas despesas. O que é que nos vai
acontecer?
Ao oferecer uma enxada à senhora para ir trabalhar para a agricultura,
Passos Coelho, queria dizer que era para ela cavar a sua própria sepultura. A
maioria de nós espera a nossa… enxada.
Sem comentários:
Enviar um comentário