Este centro é pequenino,
Mas ainda dá nabiças,
P’ra se fazer um caldinho
E pastar ovelhas riças.
E quem não acreditar
Vá perguntar ao Marinho,
Que as andou lá a apanhar
Em perfeito juizinho.
Sei que parece mentira,
Mas nesta pequena tira
Que o lago ali vai regando,
Nasce lá de tudo um pouco
Até já”cebolo mouco”
Ali se vai avistando.
30-09-2010 Rodela
O rodela fica admirado e quer fazer de Freamunde um segundo Entroncamento. Mas quem como eu se lembra do que se fazia ali na Praça não se admira deste achado. Como não tínhamos quartos de banho públicos a Praça servia para tudo. Para os ourives expor ali os seus artigos. Servia de refeitório a muitas famílias que tinham os familiares a trabalharem nas fábricas, principalmente na do Calvário e fábrica Grande. E para os mais aflitos fazerem as suas necessidades .
Deitaram-na abaixo.Construíram umas lojinhas e uns quartos de banho públicos. Passados poucos anos voltaram a deitar tudo abaixo e quem quiser fazer as necessidades que vá aos cafés. Há muitos que quando precisam de urinar vão um pouco mais abaixo, no sentido sul-norte, onde jogávamos a bola e numa esquina há que resolver o assunto. Como em tudo o homem é sempre o mais beneficiado pela natureza e ousadia e só ele pode usar essa esquina. Às mulheres isso é impossível! Há uns anos ainda víamos algumas mais idosas a abrir as pernas e deliciarem-se com o esvaziar da bexiga. Hoje nada disso acontece.
Por isso não me admiro que daqui a uns tempos de o Rodela fazer uns versos sobre essa esquina e dizer que lá nascem tomates e pepinos!
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