sexta-feira, 25 de julho de 2025

Montenegro assustou-me:

Confesso que fiquei assustado. Quando li Montenegro admite que “decisão do Governo pode ser reconduzir o atual governador” do Banco de Portugal: “Centeno reúne todos os requisitos”, no domingo, achei que Montenegro estava na iminência de se revelar um político brilhante. Logo ele, um hino à inanidade intelectual que está na política para servir os seus negócios, e faz negócios graças a estar na política.

Manter Centeno como governador do Banco de Portugal seria quase genial. Porque permitiria dizer que o Governo agia verdadeira e exemplarmente no interesse nacional, imune a pressões partidárias vindas do bloco que o suporta — e, acto contínuo, reforçar a carta-branca para ser, realmente, o governo-assombrado pelo Chega. E depois ainda poderia estar sempre a mandar à cara do PS que tinha mantido uma das suas mais importantes referências políticas num cargo de altíssimo prestígio e influência, deixando os socialistas sem saber como responder.

Felizmente, Montenegro revelou que continua igual a si próprio, e tratou de ir buscar o pastel de nata com sabor a laranja. Sosseguei.

 por Valupi

Do blogue Aspirina B 

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