quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Reparei num pequeno pormenor da mensagem de S.Exa. o PR:

Que talvez induza em erro quem a ler... e, embora não deseje que o que vou dizer seja tomado como uma atitude descriminatória da minha parte em relação à comunidade cigana, entendo que importa divulgar a verdade e todas as circunstâncias históricas envolventes.
Disse o sr. prof. Marcelo (que, tal como em relação à história do conflito na Ucrânia, talvez devesse estudar História com mais profundidade e atenção, mas como a sua área é o Direito, compreendem-se as suas falhas):
- "Ao lembrar tantos portugueses, de tantas origens, que se envolveram no movimento revolucionário, o Presidente da República quer lembrar também os portugueses de etnia cigana que, ... , deram a vida pela nossa independência nacional"
Ora, a história da participação de alguns ciganos nas tropas portuguesas é a seguinte:
- D. João IV, alertado para as relações demasiado próximas entre os ciganos portugueses e os espanhóis, determinou a prisão e degredo dos ciganos, do território continental para as colónias, apenas podendo ficar no reino os que se alistassem no exército. Foram cerca de 250 os que o fizeram, com a promessa de que, desde que abandonassem os seus hábitos e vestes e se assimilassem com os seus vizinhos, poderiam viver livremente nas vilas e aldeias de Portugal. Não houve, portanto, nenhum acto voluntário para integrar a luta pela independência nacional, mas sim um negócio com os ciganos.
E é assim que se desvirtua a História e, neste caso infelizmente, pela mão de um Presidente da República.
Raúl Luís Cunha

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