E os mortos que ali se encontram se pudessem falar ficavam obrigados a
António Costa e Geringonça por voltarem a repor o seu dia. Porque retirar o que
era deles foi fácil. O Governo da altura não sofreu contestação porque quem se
encontrava nos cemitérios não podia reclamar.
Os vivos, os que se encontravam à superfície da terra, também pouca
força fizeram. A Igreja Católica também não fez alarido. Devia ser esta a lutar
por quem não tinha voz.
Hoje foi diferente. Foi um dia que a qualquer hora ali se encontrava um
familiar, um amigo a visitá-los. Eu visitei uns poucos de amigos e os meus
pais. Soube-me bem.
Por isso o meu agradecimento à Geringonça por voltar a dar o
Dia-de-Todos-Santos como feriado. É que não sendo um dia em que se comemora a
alegria ao menos comemorou-se a gratidão que devemos a quem ali se encontra.
Por isso voltar a ver os cemitérios de Freamunde bastantes concorridos.
Quem ali jaz merece-o.
Não é um dia feriado que deita o País a perder.
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