Marcelo disse não ao governo, o que não surpreendeu nada, nem ninguém,
ao longo dos dias Marcelo permitiu que se espalhasse na direita a boa-nova de
que iria vetar o diploma do sigilo bancário, pelo que a única surpresa está no
argumento. Marcelo diz que veta por “patente inoportunidade política”. Depois
sugere que este diploma teria como consequência uma fuga aos depósitos e a
perda de investimento, com prejuízo para a banca. Parece que Marcelo acha que
todos os investidores e todos os que poupam dinheiro fogem e que entre a
segurança financeira do Estado e o financiamento da banca é mais importante
cuidar da banca. Em qualquer caso o governo nada perdeu, o diploma era uma
inutilidade.
Parece que a senhora Procuradora-geral abriu mais um inquérito para averiguar
violações ao segredo de justiça, desta vez fê-lo com base no livro da
alcoviteira de Belém, que conta que Cavaco Silva teve acesso às escutas do
processo Face Oculta pela boca de um magistrado. Tal como todos os processos
deste tipo, este vai dar em águas de bacalhau, ainda que seja o mais divertido
pois se de um lado está Cavaco Silva, do outro o magistrado que conduziu este
processo, um irmão da Procuradora-geral. Esperemos agora que a
Procuradora-geral lei o livro todo pois há lá mais matéria preocupante, como,
por exemplo, o facto de a presidência ter encomendado investigações
particulares.
Agora que o país tinha mais uma grande competição internacional quase
no papo, o lugar de secretário-geral da ONU para Guterres, eis aparece uma
Kristalina muito turva a entrar na corrida já com a meta à vista. No meio da
indignação nacional eis que se sabe que o país elegeu um eurodeputado para que,
em vez de andar a defender os interesses nacionais estar entretido há três anos
a preparar a candidatura da búlgara. O senhor tem o direito de fazer o que bem
entende, mas convenhamos que como deputado português no parlamento europeu
trabalhar para a Kistalina é algo de muito duvidoso, ainda por cima quando se
sabe que essa beldade não era a candidata de Passos Coelho. Será eu não era
mesmo?
Relvas aceitou que não é sotôr e não vai recorrer da decisão judicial
que lhe disse par passar a usar o certificado de habilitações do ensino
secundário. Até aqui tudo bem porque o que há mais por aí é sotôres como o
Relvas. O Estranho é que com tanta placa de latão com Dr. Miguel Relvas a
direita não tenha exigido a aprovação de um orçamento rectificativo e de um
plano B para financiar a retirada de tantas placas, quase tão tóxicas como os
telhados de amianto.
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