Ofereceram-me um CD, com gravações feitas há bastantes anos por
Alexandre “Saia” a Quim Loreira. Diz o Alexandre que tem cinquenta anos
aproximadamente e, como não podia deixar de ser, tratei logo de as passar para
vídeo porque relíquias destas não aparecem todos dias.
Quem como eu, teve o privilégio de o conhecer e privar, a única
homenagem que lhe pode fazer, é pôr os vídeos à disposição dos Freamundenses,
para se recordarem, de quando subia ao Coreto da Música e dali nos presenteava
com os seus versos, cantorias e leilões. Leiloava tudo e todos. Mas em tudo
punha um carinho que só visto. Não criava anticorpos com as pessoas que
ironizava.
Naquele tempo não havia as diversões que existem hoje. Nas noitadas,
pela noite dentro, o que desejávamos era o Quim Loreira bem-disposto para nos
pôr a nós também.
Não sou pessoa com capacidade para julgar outros, mas, pessoas como o
Quim Loreira, que só possuía, julgo eu, a instrução primária, mas tinha a
escola da vida, sendo esta a maior de todas.
Não faltavam pessoas cultas a ouvir os seus discursos e a admirá-los. A
sua descontracção era enorme assim como o improviso.
Tenho pena de não ter fotografias dele. Assim apresento uma caricatura
do livro Pedaços de Nós, elaborada por Vitorino Ribeiro, que julgo que vai ter
o efeito necessário. “Jovens” como eu não precisam da caricatura para conhecer
a voz inconfundível dele.
Esta é a homenagem que eu e Coisas que Podem Acontecer faz ao grande Quim Loreira.
Faço-o para a juventude de Freamunde saber de quem se trata.
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