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domingo, 18 de setembro de 2016

Alexandre queria ser o grande, mas não tem estaleca para isso:

Ao contrário do verdadeiro Alexandre este nosso Alexandre não passa de um simples homem. Revela ser um ser com uma instrução social primária. Ao contrário Alexandre, o Grande, recebeu uma instrução do filósofo Aristóteles na Grécia antiga. O nosso Alexandre recebeu-a em Mação não se sabe de quem. Dizem que era estudioso.

Um dia ao saber que uma sua colega de escola teve melhor nota carpiu e abominou a colega. Já nesse tempo não queria que ninguém fosse melhor que ele. Desse para o que desse. Mas para isso tem de se ter qualidade. O que ele não possui.

Por isso refugiava-se em casa. Só saía para ir à missa e catequese e ver uma audiência no tribunal de Mação. Segundo rezam os pergaminhos daquela vila.

Alexandre, o Grande, quando partia para a guerra sabia por onde, como e quando. Por isso as suas vastas vitórias. O nosso Alexandre não sabia por onde, como e quando. Se houvesse fumo logo pensava que havia fogo. Partia com todo o exército e na primeira batalha estatelava-se logo.

Assim aconteceu na batalha do aeroporto de Lisboa. Foi munido com tudo. Até com máquinas fotográficas e câmaras de filmar. Queria que essa batalha ficasse registada para memória futura. O que não contava era com um adversário melhor do que ele. Que podia perder a batalha, mas não a guerra. Prenderam-no. 

Julgava que assim Sócrates não ia dar luta. Mas enganou-se. Iam-se dar muitas batalhas daí em diante. E tantas foram que baralhou Alexandre. Não o grande. O nosso. Alexandre usou todos os meios. Foi buscar reforços. Aí apareceu o esgoto a céu aberto. 

Este noticiava diariamente vitória sobre vitória. Era um aliado de peso. Nesta coisa de guerra não interessa como são as armas. O que interessa é que elas disparem para o alvo pretendido. E assim acontecia. Mas as balas não enfraqueciam o adversário. Davam-lhe mais força.

Alexandre, o nosso, tinha que arranjar solução para que a vitória não lhe fugisse. Já que os prazos estavam sempre a fugir. Parecia a guerra dos cem anos entre a França e a Inglaterra.

Há que estudar novas formas. Aqui entrou a guerra psicológica. Faz-me lembrar a usada na guerra ultramarina. Assim socorreu-se de entrevistas a órgãos de informação. Tinha que se caluniar o adversário. Assim fez ajudado pelo seu aliado, o esgoto a céu aberto.

Só que foi uma vitória de Pirro. Tantos gastos e ganhos nenhuns. É como diz o bom português. Foi à lã e veio tosquiado. Bem carpiu. Mas eram lágrimas de crocodilo.

Um comandante ou um soldado não choram na guerra. Mesmo que o sintam não o devem demonstrar. Peito feito e para a frente é que é o caminho. Só que este dom de peito feito é o atributo do adversário.

As batalhas e guerras são para soldados destemidos. Não são para Alexandre pequenos. Agora pede tréguas. E para ser substituído.


Os seus apaniguados estão perante um D. Sebastião. À espera do dia de nevoeiro que nunca mais chega e em lugar de um D. Sebastião lhes traga o Saloio de Mação.

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