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quinta-feira, 11 de abril de 2013

O Maguinho:


O dia de ontem comportou-se como os anteriores. Sombrio e com chuva o que torna um dia arreliador para quem tem compromissos a satisfazer. Assim aconteceu a muitos Freamundenses que queriam estar presentes na última homenagem ao “Maguinho” – como o tratávamos. Aconteceu comigo. Se assim não fosse não saía de casa para não aturar essa arreliadora chuva. Mas o Maguinho merecia-o. Rapaz feito à “boa lei” como se usa dizer. Mas sempre na estima e consideração dos Freamundenses e de quem com ele privava. Fosse Freamundense ou não.
Ainda recordo as brincadeiras dele no Campo do Carvalhal. Andávamos a treinar e o Maguinho teria três ou quatro anos, ali aparecia a ver os treinos. Quando andávamos na preparação física – voltas ao campo – o Maguinho e outros punham-se atrás de nós a imitarmos ou a roubar uma bola para se entreter. Era chamado à atenção mas ria-se o que é natural numa criança.
A vida foi decorrendo e o Maguinho crescia dentro da sua conduta. Aparecia aqui e ali sempre com a sua voluntariedade. Em tudo queria dar os seus préstimos. Fosse no futebol a fazer parte da claque; fosse nas Sebastianas; ou a participar na corrida de carrinhos de rolamento; fosse na elaboração de carros para a Marcha Alegórica das festas Sebastianas.
Quis o destino que fosse neste evento que ele viesse a perder a vida. Triste sina a de um jovem. Ainda tinha uma enormidade de tempo para viver. Mas não escolhemos e não somos donos do destino. Este é que o vai programando.
Por isso, num dia de chuva como o de ontem os Freamundenses quiseram estar presentes no funeral do Maguinho. Não digo que foi lindo porque nestes actos não há bonitezas mas, foi digno ver a quantidade de jovens que o acompanharam na sua última viagem. Freamunde é assim. Tanto nas boas e más horas diz presente aos seus filhos: E, Maguinho merecia-o.           

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